segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Reflexão-4


Adoração e Devoção


Todos nós sabemos que sòmente à Deus devemos uma atitude de adoração e que aos Santos ,incluindo também N.Sra.,cabe apenas a devoção ,mas alem desta primeira conscientização existe muito mais coisa a ser considerada.Senão vejamos:
Ao Deus único e verdadeiro que é Pai ,Filho e Espírito Santo somos convidados a adorar, mas afinal o que é “adorar”? Será simplesmente ficar de forma distante e isolada,analtecendo as Suas (de Deus) qualidades,que são criações antropomórficas que fazemos ? Será que adorar a Deus significa viver sem ser impactado pela realidade de Deus ? Não! É claro que não! Adorar a Deus significa deixar se envolver com Ele,ou seja aceitar o convite do próprio Deus para que nos envolvamos com Ele! É aceitar o convite que Deus nos faz para participarmos ativamente da sua ação criadora ,exercendo um papel consciente e interessado ,em fazer (na realidade tentar fazer!) e trabalhar para que se faça a vontade de Deus. Adorar a Deus é reconhece-lo como Pai de amor e de misericórdia.Reconhece-lo como o Filho que dá a sua vida por nós e nos mostra e se constitue no único caminho que leva ao Pai. É reconhece-lo no Espírito Santo que Santifica e nos anima na caminhada por Cristo e em Cristo. Adorar a Deus é buscar,dia a dia ,na conversão sofrida na superação das próprias deficiências e pecados e se esforçar para adquirir um pouquinho da” maneira de ver” de Deus, com relação aos nossos irmãos. Adorar a Deus é exercitar o perdão,sinal e gerador do verdadeiro amor fraterno.Adorar a Deus é valorizar a paciência e a misericórdia. Adorar a Deus é isso e muito mais! É deixar-se modificar pela Graça de Deus ,buscando algo tão difícil de se ter como a humildade!
E a devoção aos Santos o que vem a ser ? Responderemos de imediato que é procurar seguir o exemplo que nos deram os Santos,na sua vida de adoração a Deus! É também pedir a intercessão d’eles junto a Deus,por todos nós.Por outro lado,é importante pensar também o que não é adequado, como devoção aos Santos. Não é bom que nossa devoção aos Santos nos leve a uma prática religiosa passiva,descomprometida com a conversão cristã! Há muitas vezes ,uma tendência de se estabelecer com os Santos um relacionamento unidirecional,em dois instantes de tempo. Dirije-se aos Santos em orações,geralmente para pedir graças,ficando-se passivamente na espera,com a promessa de alcançada a graça, aí então retribuir com o pagamento da promessa,que quase sempre nada implica em tentativa de conversão própria.Não há uma conscientização de que se deva tentar superar as próprias deficiências ,ou seja não se pensa em mudar nada na própria vida ,esperando que o Santo intervenha para resolver simplesmente os problemas que se apresentam. É como se o Santo estivesse alí à disposição,para resolver os problemas maiores ou menores que tivermos na nossa vida. Tal religiosidade,não contribue para que se faça a vontade de Deus e acaba constituindo-se n’uma “carapaça” que faz o isolamento da pessoa impedindo-a de conhecer o verdadeiro Deus.É uma prática portanto, alienante e que com prudência e compreensão precisa ser deslocada para dar espaço a uma religiosidade adequada ,na busca de um cristianismo autêntico.






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